Contra o trabalho infantil
O trabalho infantil é um problema mundial que existe de várias formas tanto nas nações desenvolvidas quanto nas em desenvolvimento. A Organização do Trabalho Internacional estima que mais de 250 milhões de crianças estão trabalhando no mundo – 120 milhões no regime de tempo integral, um terço delas em condições perigosas.
A preponderância de trabalho infantil difere de uma região e de um país para outro. Embora seja um flagelo presente também em nações desenvolvidas, a maioria dos trabalhadores infantis encontra-se na África e na Ásia, devido aos níveis crescentes da pobreza e da frágil economia destas regiões.
O trabalho infantil é um problema sociopolítico complexo, difícil de combater. Como uma federação internacional de esporte, a FIFA não tem nem a experiência nem os meios de resolver este problema tão grave sem auxílio.
Reconhecendo a importância de condições adequadas de trabalho, a FIFA dá muita atenção ao problema de trabalho infantil. É por isso que a instituição dirigente do futebol mundial impõe regras rígidas aos seus parceiros contratuais a este respeito e colabora de perto com as organizações oficiais como a ILO e o Fundo da Criança das Nações Unidas (UNICEF). Além disso, desde que fez a parceria com a World Federation for the Sporting Goods Industry (WFSGI), a FIFA tem atuado ativamente nos programas da WFSGI para erradicar o trabalho infantil, particularmente no Paquistão. Desde 1997, a FIFA, a ILO e o Programa para Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) têm trabalhado juntos na implementação do programa de “Eliminação do Trabalho Infantil na Indústria de Bola de Futebol em Sialkot, Paquistão” e no projeto para “Promoção de Sustentabilidade e Confiança”. A participação da FIFA tem sido crucial para o sucesso do programa Sialkot e o apoio financeiro para as duas primeiras fases da iniciativa totalizou U$ 1.1 milhões. O monitoramento do local de trabalho unido a um programa social e de educação ao mesmo tempo que conscientiza as crianças e seus pais e a comunidade como um todo sobre o valor da educação e o impacto negativo de se colocar as crianças para trabalhar prematuramente, contribui para eliminar progressivamente o trabalho infantil em Sialkot. O Paquistão é, sem dúvida, o maior produtor de bolas de futebol do mundo.
Para a terceira fase do projeto, que começou em 2005 e que tem como objetivo a promoção da sustentabilidade e da confiança, a FIFA já tem destinado um fundo adicional de U$ 540.000.
O pentacampeão Edílson em tarde ensolarada aproveita para visitar a Clínica de futebol do São Paulo Futebol Clube em Salvador.
